
Se define como um grande provocador e afirma que tem uma parte femenina que pode chegar a confundir a mais de um. Aos 36 anos, este mendocino(natural de Mendoza) –um dos escolhidos por Francis Ford Coppola para Tetro, líder da Ambulancia, sua banda de covers, e que adora as mulheres–, hoje protagoniza a novela mais vista na televisão de 2009, junto a sua amiga Carla Peterson.
Sou muito terno, e às vezes um filho da p…. Às vezes sou macho, e às vezes uma menina. Às vezes me considero egoísta, porque não quero compartilhar minha vida com ninguém. No ano passado terminei com uma relação de três anos, e agora estou só”, conta este homem de 36 anos, Ricardo Amigorena segundo sua Carteira de Identidade, porém a quem, desde que nasceu, sua mãe –professora de inglês–, o chama Michael, nome que não lhe deixram pôr no Registro Civil.
Na praia chove e o vento arrasta tudo o que o cruza, inclusive a um grupo de garotas que correm até onde está Mike, como se rebautizou quando começou sua carreira artística em1998. Agora até tem vários fãs clubes e uma comunidade no Facebook, todos fascinados com o look deste homem que usa saia e protagoniza Los exitosos Pells, a novela que produzem Underground, Endemol e Telefe.
RG: Desde menino você imaginava que ia ser tão famoso?
MA: Não, porém sim reconheço que me sentia diferente do resto. Nasci em Maipú, Mendoza e vivi ai até os 18 anos, embora eu queria ir aos 14. Não me emancipavam porque era o mais novo e inquieto de uma família controlada e invadida por mulheres.
RG: E sempre você foi muito popular?
MA: Não, sempre fui muito reservado. Estava todo o tempo só, eu ia ao jardim de minha casa e inconscientemente experimentava ser outro, e começava a cantar, atuar. Me via como Tom Sawyer, eu subia muito na árvores onde construia casas, quartéis e naves espaciais.

Com a saia bem postas - Foi a Buenos Aires aos 18 anos. Foi office boy, modelo, até que em 1998 descobriu a atuação. Aceita que às vezes o olhavam como um bicho estranho, porém ele é cavalheiro, delicado e elegante, e le gosta de usar saias.
RG: Como era o jogo de experimentar ser outro?
MA: Quando era menino roubava fitas cassetes, quinquilharias que me chamavan a atenção, porque queria saber o que se sente um ladrão. Fui coroinha, e não extamente por amor a Deus, senão por curiosidade de ser outro. A curiosidade me levou a experimentar, e sempre andava buscando as coisas que estavam fora de meu alcance.
RG: Qual era seu limite?
MA: Não tinha limites: às vezes fugia do ginásio para ir ao necrotério da cidade. Sempre fui curioso, e nessa época me entretinha ver o que têm as pessoas por dentro. Quase me converto em médico forense.
RG: E o que aconteceu?
MA: Sou muito preguiçoso e não gosta de ler, então decidi me dedicar a cantar e atuar, porque sempre admirei aos Beatles, Chaplin, Buster Keaton e Los Tres Chiflados, por sorte em minha casa, e embora sejam muito fechados, respeitavam minhas decisões.
RG: Seus pais nunca te disseram nada sobre da sua escolha de usar saia?
MA: Não: meu pai ria quando eu pintava as unhas e tingia o cabelo de branco com água oxigenada; ele sempre soube que para mim isso era um jogo. Além disso eu fui criado por mulheres, por isso tenho desenvolvida uma grande parte femenina. Não me recordo quando foi a primeira vez que usei uma saia, porém foi já grande. Por que leu fiz? Porque gosto de provocar…
RG: Há aquels que por todas estas coisas semeiam dúvidas sobre sua sexualidade…
MA: Não me importa se as pessoas pensam se sou ou não sou gay. Afirmo que tenho uma parte femenina importante, que pode chegar a confundir. Além disso não me considero uma pessoa bruta e severa. Sou curioso, e à hora de seduzir, também gosto de provocar.

RG: Sintetizando, você é ou se faz de estranho?
MA: Eu sou, porque não quero forçar nada, tenho um estilo muito particular de viver. Às vezes me olham como um bicho estranho, porém não me importa; não sou violento, seãno um relaxado. Sou cômodo, como meu pai, porém a curiosidade não me permitiu me paralizar. Por sua vez, ele ficou com seu trabalho de enólogo(conhecedor da elaboração dos vinhos) toda sua vida, a comida de minha mãe e a televisão diante de seus olhos. Eu ainda sigo buscando… Por isso, quando fui a Buenos Aires vivi em pensões, compartilhei apartamentos, até que um dia um amigo me convidou para viver no hotel Alvear. Depois voltei a outras pensões, outros apartamentos, e recentemente agora espero poder comprar minha própria casa.
RG: O que você fez todos estes anos para sobreviver?
RG: O que você fez todos estes anos para sobreviver?
MA: Trabalhei de office boy, e modelo, porém nunca fui Go Go boy, se é isso que você está pensando.... Estive seis anos me divirtindo, e salia todas as noites para dançar, porém eu fazia isso porque me sentia só e entediado. Porém tudo mudou quando em 1998 subi pela primeria vez em um palco com Despertar de primavera. Nesse momento soube o que queria. No total, participei em 18 obras teatrais…
RG: O trabalho que mais reconhecimento te deu foi El niño argentino, até que Francis Ford Coppola te convocou para filmar, em Buenos Aires.…
RG: O trabalho que mais reconhecimento te deu foi El niño argentino, até que Francis Ford Coppola te convocou para filmar, em Buenos Aires.…
MA: Trabalhar com Coppola não mudou nada. Tetro, seu filme, só foi uma circunstância transitória em minha carreira. Porém Los exitosos Pells sim mudará minha vida. Dessa forma, a popularidade e a fama não me tomam por surpresa. Não creio nela. Por isso nunca me esqueço do que considero meu pior trabalho na televisão. Foi em Gasoleros, encarnando a um professor de natação. Péssimo! E esse vídeo o vejo a cda momento para recordar o que um ator nunca debe fazer.
RG: Como é Mike longe das câmeras e fora dos palcos?
RG: Como é Mike longe das câmeras e fora dos palcos?
MA: Fora do trabalho não faço nada. Não gosto de planejar e em cada momento decido o que quero facer. Sou inconstante, odeio ser sempre o mismo. O que mais… Não gosto de cozinhar, nem ler, nem ir ao teatro, nem ter compromissos e obrigações. Adoro as mulheres porque foi criado por mulheres, sou cavalheiro, delicado, elegante, me cuido a nível estético, porém não sou muito obsessivo para me considerar um metrosexual.
RG: Como você gosta das mulheres?
RG: Como você gosta das mulheres?
MA: As que sempre estuveram ao meu lado foram inteligentes e carinhosas. Essas são as que sempre escolho.
RG: Você tem alguma coisa que gostaria de fazer mas nunca pode e que crê que um dia vá realizar?
RG: Você tem alguma coisa que gostaria de fazer mas nunca pode e que crê que um dia vá realizar?
MA: Sim, muitas. Talvez, sair de turnê com Ambulancia, a banda na qual eu canto. No entanto, primeiro quero comprar uma casa e viajar. Nunca fui a Europa nem a Nova York! Esse é meu próximo grande projeto.

RG: Revista Gente
MA: Mike Amigorena
FONTE: www.gente.com.ar
Por Pablo Procopio. / Fotos: Alejandro Carra.
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